miércoles, mayo 14, 2008

A Águia e a galinha

Hace ya algún tiempo, primeros días del Año de Gracia de Dos mil cinco, en la Librería de un aeropuerto en Brasil, adquirí un libro de Leonardo Boff, con el título de la entrada: "A águia e a galinha", (Uma metáfora da condiçao humana). Perdón por los errores de ortografía portuguesa, que no se como remediar con una alfabetización en español.

Curiosamente, ese libro fue prestado para su lectura y a pesar de que se decía se me había devuelto, y reiteradas búsquedas; y preguntado en numerosas librerías en el país vecino -Portugal-, no aparecía, por estar las edicciones agotadas.

El domingo día doce del presente mes de mayo, en una conversación como otras muchas, mantenida con mi hijo Francisco, resultó que el sabía donde se encontraba el Libro, entre sus cosas, y fue de inmediato rescatado.

Hoy, solo "transcribiré" el capítulo referente al relato que da título al Libro y a la presente entrada, en portugués, porque así aparece.

Vamos, finalmente, contar a história narrada por James Aggrey.

O contexto é o seguinte: em meados de 1925, James havía participado de uma reuniâo de lideranças populares na qual se discutiam os camiñhos da libertaçao do dominio colonial inglés. A opinios se dividiam.

Algums queriam o caminho armado. Outros, o caminho da organizaáo política do povo, caminha que efectivamente tiriunfou sob a lidederanzça de Kwame N´Krumah. Outros se conformavam com a coloniçâo à qual toda África estava sumetida. E havia também aqueles que se deixavam seduzir pela retórica dos ingleses. Eram favoráveis à presença inglesa como forma de modernizaçâo e de inserçâo no grande mundo tido como civilizado e moderno.

James Aggrey, como fino educador, acompanhava atentamente cada intervençâo. Num dado momento, porém, viu que líderes importantes apoiavam a causa inglesa. Faziam letra morta de toda historia passada e renunciavam aos sonhos de libertaçâo. Ergue entâo a mâo e pediu a palavra. Com grande calma, própia de um sábio, e con certa solenidade, contou a seguinte história:

"Era uma vez um camponês que foi â floresta vizinha apanhar um pássaro pra mantê-lo cativo em sua casa. Conseguiu pegar um filhote de águia. Colocou-o no galinheiro junto com as galinhas. Comia milho e raçâo própria para galinhas. Embora a ágruia fosse o rei/rainha de todos os pássaros.

Depois de cinco anos, este homen recebeu em sua casa a visita de um naturalista. enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

- Esse pássaro aí nâo é galinha. É uma águia.

- De fato -disse o camponês. É águia. Mas eu a criei como galinha. Ela nâo é mais uma águia. Transformujo-se em galinha como as outras, apesar das asas de quase três metros de extensâo.

- Nâo - retrucou o naturalista. Ela é e será sempre uma águia. Pois tem un coraçâo de águia. Este coraçâo a fará um dia voar às alturas.

- Nâo, nâo - insistiu o camponês. Ela viruo galinha e jamais voará como águia.

Entâo decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e desafiando-a disse:

- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e nâo à terra, entâo abra suas asas e voe!

A águia pousou sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grâos- E pulou para junto delas.

Continuará...

O Camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Nâo - tornou a insistir o naturalista. Ela é uma águia. E uma águia será sempre uma águia. Vamos-experimentar novamente amanhâ.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa. Sussurrou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

M as quando a águia viu lá embaixo as galinhas, ciscando o châo, pulou e foi para junto de-las.

O camponês SORRIU e voltou à carga:

- Eu lhe havia dito, ela viruo galinha!

- Nâo - respondeu firmemente o naturalista. Ela é águia, possuirá sempre un coraçâo de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhâ a farei voar.

No día seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaramna para fora da cidade, longe das casas dos homens, no alto de uma montanha. O sol nascente dourava o picos das montanhas.

O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e nâo à terra, abra suas asas e voe!

A ÁGUIA OLHOU AO REDOR. TREMIA COMO SE EXPERIMENTASSE NOVA VIDA. MAS NÂO VOOU. ENTÂO O NATURALISTA SEGUROU-A FIRMEMENTE, BEM NA DIREÇÂO DO SOL, PARA QUE SEUS OLHOS PUDESSEM ENCHER-SE DA CLARIDADE SOLAR E DA VASTIDÂO DO HORIZONTE.

Nesse momento, ela abriu suas potentes asas, grasnou com o típico kau-kau das águias e ergueu-se, soberana, sobre se mesma. E començou a voar, a voar para o alto, a voar cada vez para mais alto. Voou... voou.. até confundir-se com o azul de firmamento..."

E Aggrey terminou conclamando:

- IRMÂOS E IRMÂS, meus compatriotas! Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus! Mas houve pessoas que nos fizeram pensar como galinhas. Mas nós somos águias. Por isso, companheiros e companheiras, abramos as asas e voemos. Voemos como as águias. Jamais nos contentemos com os grâos que nos jogarem aos pés para ciscar.

Hasta aquí, el relato de la condición humana de águila (águia), lo he transcrito en portugués porque así fué como lo leí la primera vez, en los primeros días del año de Gracia de Dos mil cinco y, todavía siento el impacto. Cuando lo leo en castellano, os puedo asegurar, que nada siento. En breve se añadirá el texto en english, lengua del "monstruo" Shakespeare...


Once upon a time, while walking through the forest, a certain man found a young eagle.
He took it home and put it in his barnyard where it soon learned to eat chicken feed and to behave
as chickens behave.
One day, a naturalist who was passing by inquired of the owner why it was that an eagle,
the king of all birds, should be confined to live in the barnyard with the chickens.
“Since I have given it chicken feed and trained it to be a chicken, it has never learned to
fly.” replied the owner. “It behaves as chickens behave, so it is no longer an eagle.”
“Still,” insisted the naturalist, “it has the heart of an eagle and can surely be taught to fly.”
After talking it over, the two men agreed to find out whether this was possible. Gently, the
naturalist took the eagle in his arms and said, “You belong to the sky and not to the earth. Stretch
forth your wings and fly.”
The eagle, however, was confused; he did not know who he was, and seeing the chickens
eating their feed, he jumped down to be with them again.
Undismayed, the naturalist took the eagle, on the following day, up on the roof of the
house and urged him again, “You are an eagle. Stretch forth your wings and fly.” But the eagle
was afraid of his unknown self and world and jumped down once more for the chicken feed.
On the third day, the naturalist rose early and took the eagle out of the barnyard to a high
mountain. There, he held the king of birds high above him and encouraged him again, saying,
“You are an eagle. You belong to the sky as well as the earth. Stretch forth your wings now, and
fly.”
The eagle looked around, back toward the barnyard and up to the sky. Still he did not fly.
Then the naturalist lifted him straight toward the sun and it happened that the eagle began to
tremble and slowly he stretched his wings. At last, with a triumphant cry, he soared away into the
heavens.
It may be that the eagle still remembers the chickens with nostalgia; it may even be that he
occasionally revisits the barnyard. But as far as anyone knows, he has never returned to lead the
life of a chicken. He was an eagle even though he had been kept and tamed as a chicken,
Just like the eagle, people who have learned to think of themselves as something
they aren’t, can re-decide in favor of their real potential. They can become winners.







3 comentarios:

Miércoles dijo...

Siguiendo con el tema avícola y de "naturaleza vs educación":

A medida que se hundía, una voz hueca y extraña resonó en su interior. No hay forma de evitarlo. Soy gaviota. Soy limitado por la naturaleza. Si estuviese destinado a aprender tanto sobre volar, tendría por cerebro cartas de navegación. Si estuviese destinado a volar a alta velocidad, tendría las alas cortas de un halcón, y comería ratones en lugar de peces. Mi padre tenía razón. Tengo que olvidar estas tonterías. Tengo que volar a casa, a la Bandada, y estar contento de ser como soy: una pobre y limitada gaviota.

La voz se fue desvaneciendo y Juan se sometió. Durante la noche, el lugar para una gaviota es la playa y, desde ese momento, se prometió ser una gaviota normal. Así todo el mundo se sentiría más feliz.

Cansado se elevó de las oscuras aguas y voló hacia tierra, agradecido de lo que habia aprendido sobre cómo volar a baja altura con el menor esfuerzo.

-Pero no -pensó-. Ya he terminado con esta manera de ser, he terminado con todo lo que he aprendido. Soy una gaviota como cualquier otra gaviota, y volaré como tal.

Asi es que ascendió dolorosamente a treinta metros y aleteó con más fuerza luchando para llegar a la orilla.

Se encontró mejor por su decisión de ser como otro cualquiera de la Bandada. Ahora no habría nada que le atara a la fuerza que le impulsaba a aprender, no habría más desafíos ni más fracasos. Y le resultó grato dejar ya de pensar, y volar, en la oscuridad, hacia las luces de la playa.

¡La oscuridad!, exclamó, alarmada, la hueca voz. ¡Las gaviotas nunca vuelan en la oscuridad!

Juan no estaba alerta para escuchar. Es grato, pensó. La Luna y las luces centelleando en el agua, trazando luminosos senderos en la oscuridad, y todo tan pacífico y sereno...

¡Desciende! ¡Las gaviotas nunca vuelan en la oscuridad! ¡Si hubieras nacido para volar en la oscuridad, tendrías los ojos de buho! ¡Tendrías por cerebro cartas de navegación! ¡Tendrias las alas cortas de un halcón!

Allí, en la noche, a treinta metros de altura, Juan Salvador Gaviota parpadeó. Sus dolores, sus resoluciones, se esfumaron.

¡Alas cortas! ¡Las alas cortas de un halcón!

¡Esta es la solución! ¡Qué necio he sido! ¡No necesito más que un ala muy pequeñita, no necesito más que doblar la parte mayor de mis alas y volar sólo con los extremos! ¡Alas cortas!

Subió a setecientos metros sobre el negro mar, y sin pensar por un momento en el fracaso o en la muerte, pegó fuertemente las antealas a su cuerpo, dejó solamente los afilados extremos asomados como dagas al viento, y cayó en picado vertical.

El viento le azotó la cabeza con un bramido monstruoso. Cien kilómetros por hora, ciento treinta, ciento ochenta y aún más rápido. La tensión de las alas a doscientos kilómetros por hora no era ahora tan grande como antes a cien, y con un mínimo movimiento de los extremos de las alas aflojó gradualmente el picado y salió disparado sobre las olas, como una gris bala de cañón bajo la Luna.


Juan Salvador Gaviota
Richard Bach

Anónimo dijo...

Bonito relato. Ojalá hubiese más naturalistas pacientes en el mundo para que las águilas pudiesen alzarse con majestuosidad. Enhorabuena. Buen comienzo.

aire dijo...

Ya que estamos en espacio aéreo, no puedo evitar una pequeña aportación, con unos fragmentos que considero interesantes y muy bellos, del libro de Luís Sepúlveda: "Historia de una gaviota y del gato que le enseñó a volar". Quizás complemente en parte "vuestros" textos.

El gato está hablando a la gaviota:

"Te hemos entregado todo nuestro cariño sin pensar jamás en hacer de tí un gato. Te queremos gaviota. Sentimos que también nos quieres, que somos tus amigos, tu familia, y es bueno que sepas que contigo aprendimos algo que nos llena de orgullo: aprendimos a apreciar, respetar y querer a un ser diferente"
"Eres una gaviota y debes seguir tu destino de gaviota, debes volar. Cuando lo consigas, te aseguro que serás feliz, y entonces tus sentimientos hacia nosotros y los nuestros hacia tí, serán más intensos y bellos, porque será el cariño entre seres totalmente diferentes".

Desde el aire, un beso.